Tinha uma ideia errada da maturidade. Pensava que quanto mais maduro estivéssemos, mais fácil seria passar pelas tribulações. Realmente, as pequenas tribulações se tornam mais fáceis, entretanto, começam a surgir outros problemas bem maiores, novos desafios.
Talvez tenha sido pega de surpresa pelo novo desafio, mas aprendi muita coisa.
Percebi que mudei de posição no trabalho em equipe: saí da turma que critica, que põe lenha na fogueira, mas não tem soluções; e fui para a turma do "deixa disso", que apazigua e tenta resolver da melhor forma.
Claro que esse novo posicionamento trouxe novos problemas. Nesta posição, podemos ser criticados por todas as panelas, ficamos mais sozinhos e ouvimos comentários que não merecíamos. Por outro lado, olhamos os problemas, tentamos resolver os impasses para unir a equipe e lembrá-la do objetivo inicial.
Foi difícil aguentar a pressão.
Desanimei. Fiquei decepcionada.
Confesso que nos últimos dias pensei em desistir.
Mas depois de sair do furacão e começar a colocar cada coisa no seu devido lugar, pude colocar um band-aid no coração e deixar a ferida cicatrizar.
Resultado:
Aprendi a não criar grandes expectativas.
Aprendi que todos acham que estão certos na sua posição.
Aprendi que a maioria critica sem se colocar no lugar do outro.
Aprendi que ser obediente é sempre a melhor solução.
Aprendi que não adianta olhar apenas para os problemas, mas que devemos enfatizar a solução e a conclusão do trabalho.
Aprendi que é muito melhor juntar que separar.
Aprendi que ainda tenho muito o que aprender.
Aprendi que Deus toma conta de tudo, inclusive dos menores detalhes.
No meio de tudo isso, ganhei presentes enormes:
- abraços e sorrisos verdadeiros de crianças;
- passeios por locais que nunca imaginei conhecer;
- ser usada para levar esperança a quem não tinha;
- ser usada para resgatar quem estava perdido;
- ver um momento de alegria no rosto de quem só vê sofrimento;
- levar luz no meio da escuridão.
O aprendizado e os presentes não têm preço.
Nada pode substituir essa experiência genial que Deus me deu!
Sinto-me uma grande privilegiada.
PS: Neste exato momento, o coração está quase cicatrizado. Ainda estou assustada com as situações, mas tenho fé que tudo voltará ao normal em breve. :-)
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