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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Meu silêncio

A maioria das pessoas fica em silêncio quando não tem nada a dizer ou quando não quer dizer algo.
Eu sou o contrário.
Quando estou em silêncio é um sinal muito claro que tenho muita coisa a dizer, mas não sei se devo ou não sei como falar.
O meu silêncio é o mais barulhento de todos.
É aflitivo saber que algo deve ser dito, mas o outro não quer ou não pode ouvir (por imaturidade ou por estar passando uma fase diferente).
Aprendi que muitas vezes o nosso silêncio faz mais bem à outra pessoa que as nossas palavras.
Que as palavras são como substâncias medicamentosas: em uma dose inferior à ideal não fazem efeito; em uma dose maior podem matar; portanto, só funcionam na dose certa.
E qual é essa medida?
Uma conversinha a cada 8 horas durante 5 dias? Uma dose cavalar numa injeção intravenosa para resolver de vez a situação? Um tratamento em longo prazo, com pequenas doses quimioterápicas para matar as células tumorais e não permitir que o câncer avance ou sofra metástase.

Preciso me formar urgentemente em medicina do aconselhamento ou em farmácia fraternal, enquanto isso, peço orientação e sinais de como fazer a coisa certa para Aquele que sabe muito mais que qualquer um.

:-/

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