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sábado, 24 de março de 2012

Pensamentos

"Conclusão: as pessoas pensam demais. 
Pensam no que pensam, pensam no que os outros pensam, pensam no que os outros pensam que elas estão pensando."


Essa mensagem foi gerada após ler um post no facebook que me deixou muito intrigada (amo essa palavra, parece dos livros que lia no ensino fundamental) com o pensamento humano. No post, uma amiga de 25 anos reclamava de não conseguir ficar sem pensar em ninguém e, pior, os relacionamentos só ficarem no pensamento até serem substituídos por outros pensamentos.
O que me deixou intrigada é que fiquei um bom tempo sem pensar em ninguém (mas ninguém, ninguenzinho? - perguntou a amiga. Ninguém. - minha resposta). Claro que estimulada pelas perguntas dos parentes, amigas e desconhecidos malas, eu sempre tentava pensar naquele amigo gente boa, mas não posso considerar paixãozinha.
E por que as pessoas fazem isso? Deve ser para não perceberem que estão sozinhas ou como uma proteção por medo de se abrirem realmente para um relacionamento. Não sei.
Só consegui ficar sem pensar em alguém após admitir que estava sozinha e que queria ficar assim por um tempo.
Sempre me perdi nos relacionamentos. Esqueci quem eu realmente era, o que realmente queria, o que tinha decidido por livre e expontânea vontade ou por que achava que aquilo era bom já que o ser amado gostava.
Sim, chamo esse intervalo de desintoxicação. Precisei me redescobrir e foi difícil. Precisei saber novamente quais eram minhas convicções, minha religião, meus gostos musicais, minha postura diante de outras pessoas, quais esportes gosto de acompanhar, o que gosto de ler, o que gosto de assistir e o que não gosto em relação a tudo isso.
Hoje me pego pensando em alguém de novo depois de tanto tempo. Dá medo, não sei mais como agir (uma vez que descobri que não sou atirada e não quero ser), não sei como perceber os sinais. Tudo muito complicado, mas divertido.
Nesse meio, outra amiga tenta me ajudar, mas percebo nela a ansiedade que não tenho, a encanação e ciúmes que nunca tive e a precipitação que me fez errar tantas vezes.
Estranho ter essa consciência. Não tenho ciúmes de quem não posso perder e não tenho ciúmes de quem posso perder, pois se estou junto confio 100%.
Não quero mais relacionamentos psicológicos, imaginários ou de pretérito imperfeito.
Quero um relacionamento real.
Acho que esse é o ponto para pensar: que tipo de relacionamento você quer? O imaginário ou o real? 
Se for o segundo, pare de pensar e aja e se as atitudes não gerarem resultados positivos, mude.


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