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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Considerar

Segundo o dicionário, entre outras definições, considerar é "4. ter em consideração; fazer caso de; respeitar; 5. tomar (como); 6. estimar."  Consideramos alguém, quando o respeitamos, o tomamos como amigo, o estimamos.
O problema é quando consideramos alguém que não nos considera, ou pior, que deixa de nos considerar repentinamente, sem explicação.

Eu deixo de considerar alguém, ou seja, deixar de colocar-me no lugar dele, de cumprimenta-lo, de responder às tentativas de contato, se a pessoa me fez algo realmente grave. Algo que me faça deixar de estimá-la.
Algumas pessoas simplesmente mudam de opinião, um dia consideram e no outro não, e mesmo quando questionadas, dizem que não tem motivo para fazê-lo. Simplesmente, fazem o julgamento que querem e dão a sentença.

Desrespeitar a apreciação alheia provoca (pelo menos em mim) feridas profundas que levam um certo tempo para cicatrizar. Agrava-se, quando você se percebe que é um comportamento recorrente sempre que as circunstâncias são parecidas.

Em todas as outras vezes, quando a pessoa me procurou não pensei duas vezes em recebê-la de braços abertos, como se nada tivesse acontecido. Entretanto, dessa vez foi diferente. A decepção foi muito maior, pois cria que a pessoa tinha realmente mudado. E errei.
Fiquei magoada comigo mesma por não perceber o que estava acontecendo e tentar forçar uma amizade que não existia, uma vez que uma das partes havia desistido.
Mas segui minha vida, prossegui na minha estrada e eis que o mundo dá uma grande volta.


E estava eu, pronta para expor a minha fraqueza.
Mais uma vez, preferi dar minha cara a tapa a acusar.
E, sinceramente, não me arrependo.
Decidi escolher ter esperança que as pessoas mudam (apesar de tudo e todos falaram que não).
Decidi ser a que dá a outra face, a que perdoa 70 vezes 7, a que se arrepende e pede perdão.
Decidi preferir me colocar no lugar do outro e sempre achar que posso ter feito algo.

A diferença é que agora amadureci.
Sei dos riscos que estou correndo e uso meu cinto de segurança.

Estou aqui, pronta a recomeçar, a ouvir, a ajudar, e a pedir perdão quando errar.

Gentileza gera gentileza (mesmo que o resultado não seja tão óbvio).

:-)

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